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sábado, 15 de abril de 2017

SUTRAS






“Os Sutras são poderosos indicadores da verdade em estilo de aforismos, frases curtas de fácil entendimento. Os textos sagrados conhecidos como vedas e upanixades são as primeiras mensagens espirituais registradas em forma de Sutras, assim como as palavras de Buda. Os provérbios e parábolas de Cristo também podem ser considerados sutras, assim como as profundas lições do Tao te Ching, o antigo livro chinês da sabedoria. A vantagem do estilo sutra é sua concisão, que exige pouco esforço do leitor. O que o texto não diz – apenas sugere – é mais importante do que o que diz.” (Do livro “O Poder do Silêncio”, pág 8, Eckhart Tolle, Ed. Sextante, 2005)






“A palavra Sutra significa aquilo que, através de poucas palavras, revela vastos signficados. Os Sutras discutem pontos de vista contrários, a fim de remover todas as possíveis dúvidas sobre a validade e o significado dos textos sagrados. A palavra Mimamsa, utilizada na antiga filosofia indiana, significa a conclusão que se chega após a verificação e investigação, a conclusão adotada como correta após uma análise profunda de eventuais dúvidas e alternativas.”  (Sathya Sai Baba, em 28\06\10, www.sathyasai.org.br)





“Se você explicar o sentido de cada frase ou palavra dos Sutras, estará insultando os Budas dos três tempos – passado, presente e futuro. Mas se desprezar até mesmo uma palavra dos Sutras, você se arrisca a falar as palavras de ‘Mara’ (o Mal Tentador). Os Sutras são diretivas essenciais para a nossa prática, mas é preciso lê-los com cuidado e usar a inteligência e o apoio de um Mestre e de uma Sangha (grupo com propósitos afins) para compreender seu verdadeiro significado e colocá-lo em prática. Depois de ler um Sutra ou um texto espiritual nós nos sentimos muito mais leves, e nunca mais pesados [...] É valioso lembrar que um Sutra ou uma palestra sobre o Dharma não assegura, por si mesmo, a compreensão. São apenas veículos para uma possível compreensão, que precisam utilizar palavras e conceitos.”  (Do livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, T. N. Hanh, págs 26 e 27, Ed. Rocco, 2001)






SUTRAS




“Quanto mais se aprofunda o contato com o mundo espiritual, mais o ser reavalia, ressignifica e reestrutura os seus valores de vida.”



“Há os que convivem com o silêncio. Há os que percebem o silêncio. Há os que observam o silêncio. Há os que escutam o silêncio. Há os que interpenetram o silêncio e há os que se unem a ele.”



“Ao seguir um mestre espiritual, o discípulo deve ter três comportamentos. Primeiro: prestar bastante atenção no que é repassado pelo mestre através de suas palavras e ações. Segundo: adaptar os ensinamentos, modificando-os para o seu contexto e a sua realidade. Terceiro: buscar transcender o próprio mestre, indo além de onde ele se encontra.”



“O que nos faz evoluir não é o que queremos aprender, mas o que precisamos aprender.”



“Ao praticar a verdadeira contemplação, o ser se desnatura e transcende todos os conceitos pré-estabelecidos pela mente. Desta forma, acaba conhecendo e encontrando a si próprio num mergulho profundo na essência do todo.”



“Quem busca a verdade encontra verdades.”



“Muitas realidades já se estabeleceram neste planeta e novas virão. Toda realidade é circunstancial, temporária e possui prazo de validade.”



“O ser humano holístico é como um aparelho eletrônico com mil e uma funções. A maior parte da humanidade não leu o manual e só usa as funções básicas.”



“A luta entre religiões é uma ilusão. O ser que luta defendendo uma causa religiosa, na verdade, está lutando dentro de si.”



“A oração perfeita é desprovida de pedidos desejosos. É silenciosa e expressa o amor, a aceitação e o discernimento que a inteligência divina é justa e equilibrada em todas as suas dimensões.”



“Alguns seres querem alcançar o mundo dos céus, mas as suas mentes os autossabotam. Para alçar vôo é necessário, antes, recolher as âncoras que aprisionam à Terra.”



“Quem está sempre indo a algum lugar, nunca está em lugar algum.” 






“Quanto mais harmonizado se encontra o ser, mais ele se sente completo em sua solidão, em seu retiro, em sua quietude e em seu silêncio.”



“Não somos um corpo que conduz um espírito. Somos um espírito que faz uso de vários corpos de consciência para o seu aprendizado na Terra. Quando entendemos isto e entregamos o nosso corpo físico para os desígnios do espírito, a vida se torna leve e missionária.”



“O sábio questiona, reformula e atualiza as suas crenças permanentemente. Assim, ele faz com que a sua verdade seja impermanente.”



“A vida é perfeita e harmônica, em todas as suas dimensões. Até mesmo o que chamamos de desarmonia é, de fato, a perfeição da vida se manifestando além da dualidade.”



“Dois ensinamentos de um mesmo mestre podem parecer contraditórios e paradoxais. É que há uma relatividade para as diferentes realidades dos ensinamentos. Nem sempre sabemos qual o alcance que o mestre dá à dimensão do seu ensinamento.”



“A respiração harmônica não é conduzida pelo nariz, e sim pelo coração.”



“Quanto mais evolui o ser, menos ele vai perdoando. Pois ele vai abandonando o julgamento e discernindo que cada um age de acordo com o seu nível de ignorância e sabedoria. Não há culpa e o que ser perdoado para o sábio.”



“As mesmas palavras têm valores diferentes quando pronunciadas sob a entoação de um sábio e de um sabido.”



“O silêncio ensina sob inúmeras formas diferentes. Cada um aprende com o silêncio de acordo com o seu feeling e as suas necessidades.”



“Enquanto o ser reconhece e se sente atraído pelo movimento externo, é lá que ele deve buscar as suas experiências. Com mais sabedoria e experiência, ele vai se recolhendo ao seu mundo interno e se aquietando.”





(Extraído do livro “SUTRAS, Uma Vida Melhor”, Horácio Netho, Editora Premius, 2005)






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